A plataforma de interoperabilidade é uma camada intermediária que serve como mediador para os processos de interoperabilidade entre o SISMA e demais sistemas. Esta plataforma centraliza toda a comunicação entre os sistemas, trazendo nesse quesito mais uma camada de segurança ao acesso à informação. É possível nesta plataforma fazer a monitoria dos processos de interoperabilidade.
A plataforma de interoperabilidade agrega em si os módulos de MFL que permitem gerir as unidades organizacionais dentro da estrutura hierárquica do Ministério da Saúde de Moçambique.Esta é constituída pelos seguintes módulos:
O Master Facility List é um recurso que permite obter a
lista completa da actual divisão administrativa do país na
área de saúde. Esta lista engloba informações sobre as
províncias, os seus distritos e as suas unidades sanitárias,
centros de saúde e hospitais.
Tem como objectivo apresentar todo o escopo actual no que
diz respeito aos centros de saúde em funcionamento no país,
de forma a ser consumida por demais parceiros que queiram
ter esta actualização. O SIS-MA do Ministério da Saúde é a
principal fonte desta informação, pois a mesma está em
constante actualização.
Com o Master Facility List, os clientes desta API podem
consultar e confrontar a sua estrutura organizacional com a
estrutura do SIS-MA, os clientes podem usar as informações que a
API disponibiliza de cada unidade organizacional para enriquecer
as informações nas estruturas dos seus sistemas, ou em casos de
interoperabilidade os clientes podem preparar o mapeamento das
estruturas dos dois sistemas tendo já acesso a estrutura usada
no SIS-MA.
Antes do estabelecimento da interoperabilidade do SIS-MA com outros sistemas decorria que pelos facto do
acesso à estrutura administrativa na área da saúde usada pelo MISAU ser privada, e qualquer entidade externa
que desejasse obter tal informação tinha de passar por um processo para obter a lista. Estes factores criavam
constrangimentos, em situações onde entidades externas têm procurado trocar informação com o SIS-MA e precisam
de uma lista mestre de unidades sanitárias para fazer a correspondência.
Outro problema observado, era a discrepância na codificação existente para as unidades organizacionais no país
na área de saúde. Sem uma lista mestre, cada instituição que actua na área da saúde usa o seu padrão para
codificação.
Como solução aos problemas observados inclui-se na plataforma de interoperabilidade um serviço de Master
Facility List, que procura permitir a todos interessados internos ao Ministério de Saúde ou externos, terem
acesso às lista mestre da estrutura administrativa actualizada usada.
O Master Facility List Updater é um dos módulos dentro do desenvolvimento do Master Facility List. Este módulo
em particular visa garantir uma gestão mais flexível das unidades organizacionais dentro do MISAU.
A necessidade de desenvolvimento deste módulo surge como resposta aos constrangimentos enfrentados pela equipe
do Departamento de Informação para Saúde (DIS) na gestação de unidades organizacionais, principalmente em
situações em que uma nova unidade organizacional era adicionada na instância agregada e precisava ser
replicada nas diversas instâncias.
O processo de adição de novas unidades organizacionais costumava ser moroso e em muitos casos culminava com a
não actualização das mesmas, factor que afetava seriamente o trabalho dos funcionários do sector. Esta
realidade demandou a adopção de que os levou em ter um mecanismo simples e flexível de gerir as unidades
organizacionais nas várias instâncias DHIS2 que possuem.
Para responder aos desafios enfrentados, foi proposto a criação de um mecanismo automatizado para a
actualização das unidades organizacionais em todas instâncias DHIS2 geridas pelo DIS.
Esta solução baseou-se na criação de uma instância que passou a funcionar como uma instância mãe, onde todas
as
unidades organizacionais novas são criadas nela. Esta é a instância detentora da lista mestre de unidades
organizacionais, e como forma de actualização, foi desenvolvido um módulo que é responsável por verificar as
actualizações na instância mestre e realizar a distribuição nas demais instâncias.
A implementação de um processo de interoperabilidade entre o Ministério da Saúde e a Central de Medicamentos e
Artigos Médicos (CMAM), tem como objectivo permitir a partilha de dados de logística sobre os medicamentos.
Os dados são colhidos do lado do CMAM e armazenados em uma plataforma denominada Ferramenta Central, que
posteriormente são consumidos pelo SISMA. O processo de interoperabilidade entre os dois sistemas tem como
objectivo resolver a questão do baixo índice de reporte para fichas de logísticas de medicamentos, e minimizar
a dependência que o Ministério da Saúde tem para obter estas informações directamente do CMAM.
O constrangimento verificado para a implementação do projecto do CMAM, era referente a morosidade para a
obtenção dos dados de logística dos medicamentos por parte dos programas. Antes da implementação do módulo de
CMAM, cada programa do Ministério da Saúde de Moçambique que desejasse ter informação sobre a logística dos
medicamentos deveria entrar em contacto com a CMAM para que se enviasse esta informação, e este contacto
poderia levar vários dias, o que culminava em situações da falta de informação atempada.
Como forma de resolver os constrangimentos verificados se desenvolveu um módulo de interoperabilidade entre o
CMAM e o Sisma Agregado. Este processo é realizado através de um script que faz a leitura dos dados vindos da
API desenvolvida pela CMAM, e o script faz a formatação e envia os dados ao SIS-MA.
Este módulo é desenvolvido para o Departamento de Informação para Saúde do Ministério da Saúde de Moçambique.
Todo utilizador que tiver permissões adequadas de administrador na plataforma de interoperabilidade pode fazer
uso desta solução. E os dados partilhados neste módulo são do consumo dos programas do Ministério da Saúde.
O estabelecimento da interoperabilidade entre o SIS-MA (Ministério da Saúde) e o SIRCEV (Ministério da
Justiça) visa permitir a partilha de dados do SIS-MA, mas especificamente do módulo de dados hospitalares com
o sistema de emissão de certificados de óbitos do Ministério da Justiça.
Estes dados são inicialmente colhidos/registados do lado do SIS-MA e para situações de óbitos os mesmos devem
ser enviados ao sistema do Ministério da Justiça, SIRCEV, de modo que este possa fazer a emissão do
certificado de óbito.
Esta interoperabilidade entre os dois sistemas permite a flexibilização do processo de emissão de certificados
de óbitos e acelera a digitação dos dados do lado do Ministério da Justiça visto que grande parte dos dados
demográficos dos pacientes já foram previamente colhidos do lado do Ministério da Saúde.
O processo de interoperabilidade acontece da seguinte forma, o sistema do Ministério da Justiça realiza uma
requisição GET a uma API intermediária fornecendo os parâmetros de pesquisa de dados, e esta API converte esta
requisição e parâmetros em uma requisição válida para o DHIS2.
Após esta conversão, a API realiza a requisição para o SIS-MA, onde o mesmo retorna os dados caso existam.
Estes dados encontram-se ainda em um formato bruto, consequentemente os mesmos sofrem uma reestruturação e são
devolvidos ao sistema do Ministério da Justiça.
Depois dos dados serem consumidos pelo lado do Ministério da Justiça, este sistema envia uma requisição POST,
com o intuito de alterar o estado destes dados, indicando que os mesmos já foram consumidos. Esta requisição é
tratada pela API, e esta faz uma requisição POST para o DHIS2, actualizando o novo estado.